segunda-feira, 25 de junho de 2012

26: Professor autor

Deve o professor ser autônomo, pensante, um espírito independente e livre capaz de inspirar seus alunos. Estes, farão a leitura, não só do que o professor está dizendo, mas também do modo como se comporta, de como fala e de suas ações.

Ser atualizado ou reciclado é indispensável, alcançar a tecnologia e ter autonomia também online é importante para mostrar o quanto está relacionado com o futuro. Além disso, ferramentas da web permitem ao professor ampliar sua existência, seus traços e seus pensamentos para dentro dos lares dos alunos em diversas formas, cores e sons.

O estilo de ensinar não é uma ciência e nem uma técnica, mas uma arte, que depende da capacidade sensitiva e do instinto daquele que faz da docência sua profissão. Cabe desenvolver seu estilo usando a criatividade e a intelectualidade.

27 : O professor não pode estar só: parcerias dentro da escola

O professor não pode quedar solitário no processo de inclusão de alunos com necessidades especiais. Por mais que a educação dispense cada vez mais atenção e leve estes casos a sério, é preciso um acompanhamento.

A família precisa trabalhar junto com a escola, conhecendo bem o trabalho dos professores e passando o feedeback dos avanços daquele aluno, bem como, se solicitado, procurar médicos ou psicólogos que permitam descortinar qualquer bloqueio que possa existir na formação educacional.

A comunidade e os demais alunos também devem aceitar o aluno em inclusão e respeitar suas necessidades especiais. Cabe aos professores observar isso e facilitar a integração da criança.

28: O professor não pode estar só. O espaço interdisciplinar e com a comunidade

A equipe escolar deve dar todo o suporte para o trabalho do professor, para que este vença as dificuldades do ambiente de cada classe. Esta equipe deve articular com a comunidade as formas de atingir soluções e, por aí abrir caminhos ao professor.

Se o professor está sozinho em seu trabalho, sem o respaldo da equipe, dificilmente terá êxito em trabalhar as questões da comunidade que poderiam lhe ajudar a encontrar a melhor forma de agir com os alunos.

Por outro lado, se a equipe escolar não possui eco na comunidade, não conseguirá trazer sentido ao seu projeto e se tornará estranha ao ambiente.

O êxito, então, está em planejar e articular com todas as esferas: classe, equipe escolar, comunidade.

24: Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas

A noção de ensino e aprendizagem se modernizou com o passar do tempo e com isso, toda a organização da escola e a forma de pensar a educação especial e inclusiva.

O velho paradigma está voltado para a uniformização dos alunos, para a formação de pessoas com valores padronizados, uma concepção moral e ética para todos. A diferença se torna um problema e tudo aquilo que está fora da identidade desejada não pode ser aproveitado.

Já o novo paradigma compreende a diferenças como a construção da identidade pessoal de cada um, com foco nas liberdades e direitos individuais. A inclusão cabe neste contexto de maior tolerância. A convivência democrática e a aceitação de diferenças como deficiências sensoriais e intelectuais  passam a ser um valor importante a ser desenvolvido na escola.

25: Professor pensador


A curiosidade é característica dos humanos. Deste modo, as pessoas aprendem sobre variados assuntos , mesmo quando não estão relacionadas com aquilo que estudam ou trabalham.

Da mesma forma, as pessoas possuem algo que pode anular essa curiosidade, que é se fechar em concepções, inclusive quando possuem conhecimento superficial.

A educação exige, dos professores e dos alunos, mente aberta para novas percepções e para sempre reciclar e construir novos conhecimentos. 

O  diálogo é uma das ferramentas mais poderosas para amplar os horizontes de forma não-linear. Assim, a organização da escola deve se formar no âmbito do debate, seja entre pessoas, seja entre os conteúdos e a realidade do aluno.

Adicionalmente, a aula deve levar em conta o imprevisto. O planejamento do professor deve se deixar alterar pelas perguntas e pela interação com os alunos. 

Deve ser também o planejamento da disciplina dialogado e obra coletiva.

O objetivo é estimular o pensamento e cabe ao professor reagir de forma ágil aos acontecimentos em sala e manter o ritmo interessante e intenso em sua disciplina.

23: A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz


A deficiência na aprendizagem em um modelo que espera pela regularidade representa uma ruptura, um problema que a escola tradicional não seria capaz de integrar.

Partindo desse pressuposto, não há razão para investir nessa criança, que não traria o retorno linear de um aluno comum.

Por outro lado, ao se investir nestes jovens, respeitando suas diferenças, é possível obter resultados interessantes. A tecnologia permite materiais em braile, uso extensivo de libras para que alunos cegos ou surdos consigam acompanhar as aulas, dentro de seu ritmo.

No entanto, alunos com dificuldades sensoriais possuem maior facilidade para se integrar do que aqueles com deficiência intelectual. 

A questão que se impõe quando se trata de alunos com deficiência intelectual é se há um ganho maior do que a socialização. Sobre isto, a  teoria da plasticidade cerebral  defende que, por meio da socialização, o cérebro do aluno pode se adaptar e suas áreas não lesadas podem se desenvolver.

sábado, 23 de junho de 2012

22: O professor leitor

A leitura pode ampliar a visão de mundo e abrir horizontes para a curiosidade. O professor deve ser, seja por gosto ou ao menos por necessidade, um leitor. 

Deve ler os livros que mantenham seu conhecimento atualizado, que possam sempre possibilitar que as outras pessoas tenham algo a aprender com ele, para que sua importância na vida escolar do aluno não seja somente a transmissão da matéria.

É relevante também ler as pessoas, saber captar a forma como pensa cada aluno, seus valores, símbolos e atitudes para estabelecer um canal de comunicação mais claro e direto.  

A missão é conectar os interesses e encontrar o modo pelo qual algum aspecto da sua disciplina pode se relacionar com uma perspectiva de futuro para o aluno.

terça-feira, 19 de junho de 2012

21: A complexidade da constituição docente

A satisfação de um professor depende de vários fatores e é sensato dizer que um profissional satisfeito trabalhará com mais vontade e interesse.

Claro que em toda profissão existem profissionais mais dedicados e aqueles com tendência a se acomodar. No entanto, a fama de baixos salários afasta muitas pessoas com potencial da carreira, enquanto que a possibilidade de ser funcionário público e tirar licenças, sem ter um patrão por perto, aproxima muitos oportunistas.

A remuneração deve ser mais atrativa, com planos de carreira que permitam uma meritocracia interessante do ponto de vista das pessoas mais determinadas, capaz de manter o conjunto de professores motivado com a possibilidade de aumentar seu status e suas finanças.

O professor precisa ter tempo reservado para estudar, se atualizar e deve ser cobrado por isso por meio de avaliações periódicas. Devem frequentar cursos sérios, que exijam leitura e produção acadêmica.

O tempo de lazer e descanso deve ser mais respeitado com um enxugamento da burocracia e da papelada de diários de classe, fichas e papeletas, dando espaço a sistemas automatizados.

Com estes pilares, a profissão teria muito mais cobrança, mas também perspectivas mais animadoras do que as escolas públicas atuais oferecem. Os acomodados, os lamuriosos e os arcaicos acabariam tendo que levar seu lero-lero para outra redondeza e dar espaço a quem está disposto a explorar toda sua capacidade em benefício dos milhões de alunos brasileiros.

18: A escola e as instituições culturais

O uso das instituições culturais como museus, sítios arqueológicos, pinacotecas, hemerotecas, podem ser úteis para projetos transversais que tenham metas próprias e englobem duas ou mais disciplinas.

A equipe escolar pode organizar projetos que façam os alunos irem até instituições culturais com objetivos claros para obter conhecimento, realizar pesquisas e associar com assuntos do seu cotidiano.

O objetivo desta estratégia é fazer com que os espaços culturais tenham sentido na vida do aluno, ganhem significado e sejam por ele valorizado e preservado. Além disso, a metologia científica de pesquisa é favorecida porque estes locais possuem abundância de informação que precisará ser organizada e sistematizada pelos alunos de acordo com o desenvolvimento do projeto.

20: A complexidade no estudo dos processos desenvolvimentais humanos

O desenvolvimento do ser humano se faz no meio social. Os valores culturais são construídos em agrupamentos de pessoas, desde as eras mais remotas, quando sociedades pré-históricas adquiriam hábitos para garantir sua sobrevivência.

Desta forma, o modo como a escola trata a criança e o adolescente é crucial para influir no tipo de sociedade que se descortinará no futuro. As relações democráticas, o diálogo, a aceitação das diferenças são valores indispensáveis se queremos superar de vez o passado de ditadura e intolerância de nosso país.

É preciso também que os pais e a família em geral se conscientize em promover uma educação para que seu filho seja uma pessoa pronta para ouvir, ceder, argumentar e não seja egoísta, que entenda que vivemos em sociedade.

19: O todo pela parte

Nas relações sociais dentro da escola, um dos maiores perigos é o estigma. Considerando que os alunos estão em uma fase da vida de construção da identidade e da caracterização da identidade e da diferença, existe a possibilidade de alguns alunos serem estigmatizados pelos demais.

O caso mais provável ocorre entre alunos com necessidades especiais, por suas diferenças ao resto dos alunos serem facilmente identificáveis. No entanto, por questões culturais ou sociais, diversos tipos de alunos, que não se enquadrarem nos valores hegemônicos estão sujeitos à isso.

O conceito de estigma, aqui, significa que a pessoa passará a ser vista  sempre por aquela característica não desejável e suas tentativas de se integrar ou de mostrar outras qualidades terão dificuldade ou serão nulas.

A escola deve levar essa questão a sério, porque é indispensável para a democracia o respeito pelas minorias, por suas opiniões, por suas posições, de modo que a cultura hegemônica não se torne tirânica, criando um ambiente onde alunos precisem se dissimular ou ocultar suas opiniões para serem levados em contra.

17: O professor e a cidade educadora

O professor não precisa se bastar aos materiais escolares. É possível explorar o entorno da escola e mesmo toda a cidade para trabalhar diversas disciplinas. 

O importante é que ao visitar estes espaços, o professor levará experiências únicas e situações de aprendizagem que realmente podem gerar curiosidade nos alunos.

Devemos considerar também o aspecto da imprevisibilidade. Ao levar os alunos pela cidade, a aula não terá o mesmo controle que teria em sala e a interação com pessoas, locais, monumentos poderá descortinar hipóteses de trabalho que não teriam como ser calculadas previamente.

É necessário, então, que o professor esteja pronto para repensar todo o procedimento visando não perder oportunidades de experiências frutíferas e que saiba ver em cada elemento da rua exemplos e referências vivas do conteúdo que pretende trabalhar.

14: Processos de aprendizagem e implicações para a prática docente

O processo do conhecimento não é fixo e linear.  Ele é construído de forma complexa, como uma rede e envolve vários fatores, desde a preferência pessoal, o ambiente, a variedade de práticas pedagógicas.

Um desses fatores, a preferência da classe, varia de maneira surpreendente. Algumas gostam muito de alguns assuntos que outras nem ligam. Quem não trabalha com educação dificilmente intuiria que esse aspecto tem tanto peso.

O ponto mais importante é compreender que, ao menos em disciplinas humanas, não há donos do conhecimento e em avaliações bem abertas, é possível que o aluno chegue em respostas não imaginadas pelo professor, com uma argumentação formulada por seu raciocínio.

16: Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar

Muitos alunos ainda se sentem muito discriminados e convivem com o descaso de escolas regulares. 

De um lado, algumas aprovam estes alunos sem qualquer critério, apenas para não terem que lidar com toda a burocracia de aplicar atividades diferenciadas ou de justificar a reprovação. No outro extremo, escolas que não consideram de forma alguma suas necessidades e o reprovam ano após ano.

Além disso, existem casos de isolamento dos alunos com necessidades em ambientes onde não há interação e onde a auto-estima deste aluno é mal-tratada, por notar que não pode estar com os alunos "normais".

15: Como anda a educação especial no país??

O empirismo e o método de registro e experimentação ainda são importantes quando trabalhamos com a educação, porque o processo educacional é relativamente novo em nosso país e só documentando as experiências saberemos os rumos para não caminhar em círculos.

Quando se trata com a educação especial, esse cuidado deve ser redobrado porque muitos professores não são instrumentalizados para os programas de inclusão e não estão seguros de como agir.

Neste ponto, é problemática a falta de documentação e registro nas escolas sobre como lidar como alunos com necessidades especiais e quais atitudes resultaram em maior êxito.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

13: A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor

O ensino de história sempre se depara com uma contestação: qual a importância de aprender fatos do passado?

De certo modo, o aluno está sendo sincero quando questiona isso. E o professor precisa prover uma resposta à altura porque embora possa usar de sua autoridade para calar o aluno, não se pode forçar ninguém a ter interesse.

Neste contexto, é preciso que o professor estude duplamente. Deve conhecer o passado, a história e ao mesmo tempo deve se manter atualizado sobre questões sociais e culturais.

É um desafio ao professor relacionar os assuntos históricos com a atualidade, mas não por meio da comparação vulgar, que acabaria criando distorções. É necessário tirar do estudo histórico, ensinamentos para a vida, sejam valores, princípios, mostrar como nasceram e amadureceram ideias políticas e filosóficas.

Convém então realizar debates, atividades em grupo, formas de gerar reflexão, demonstrando como dilemas dos humanos de mil anos atrás podem pertencer até ao nosso cotidiano. 

É importante que deve-se compreender que todos os elementos e valores culturais e morais da nossa sociedade tem origem em algum ponto da história. A partir daí, entender que mesmo os preconceitos - obstáculos à convivência democrática e civilizada - podem ser desconstruídos, já que não são naturais e eternos, mas foram inventados em sociedades do passado por algum tipo de razão política.

12: Como vem sendo organizada a educação especial no país??

No Brasil, a educação de pessoas com necessidades especiais existe, em focos, desde o século XIX, com escolas para cegos ou para surdos. O pensamento vigente era de colocar estes alunos em ambientes separados, o que os tornava isolados do restante da sociedade.

De certo modo, embora houvesse preocupação com a educação dos jovens com necessidades especiais, havia o problema de limitá-los, por proporcionar um ensino limitado e secundarizado, em comparação com o ensino regular.

A partir das últimas décadas que se implementou a ideia de inclusão, de que integrar estes alunos à sociedade é tão importante quanto trabalhar os conteúdos escolares. O grande problema no momento é instrumentalizar docentes e gestores para lidar com estes alunos de forma adequada, ao mesmo tempo que trabalham com os demais alunos.

11: Legislações, declarações e diretrizes

A ideia de inclusão social nos sistemas de educação vem do princípio de não existir discriminação, de todos terem acesso aos direitos básicos.

Embora a qualidade da educação seja questionável, ao menos hoje existe a educação para todos, ao menos na matricula.

Cabe agora, melhorar a educação por meio do atendimento cada vez mais personalizado. As necessidades especiais de diferentes alunos exigem diferentes estratégias pela escola.

10: A relação entre professor e aluno

O diálogo deve prevalecer sempre na relação entre professor e aluno. Devem, antes de toda hierarquia, se tratar como seres humanos.

Cabe ao professor ser a máxima instância para garantia que as regras escolares serão cumpridas. Estas regras, no entanto, podem ser definidas juntamente com os alunos que, ao se conscientizarem de sua importância, poderão cooperar para sua aplicação.


Ter um nível de disciplina e obedecer as relações hierárquicas - que devem ter razões transparentes quando estipular regras é um meio, não deve ser nunca um fim.

Num debate, por exemplo, é necessário que todos obedeçam a regra de que só um deve falar de cada vez, para que todos sejam ouvidos e haja uma real interação entre todos. Mas o debate em si, só fará sentido porque ele ajuda cada um dos alunos - e porque não o professor, a pensar!

terça-feira, 12 de junho de 2012

9: Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas

Quando a prática pedagógica se torna um fim em si mesma, ela perde a própria razão de existir. Se o objetivo do professor é fazer do aluno tão somente que ele esteja preparado para corresponder bem à sua disciplina, está prejudicando todas as outras habilidades que o aluno poderia desenvolver.

Assim, é preciso que a educação escolar não seja um fim, mas um meio para a construção do indivíduo que junto com todos os demais, irá compor a sociedade das próximas gerações.

Os alunos possuem características próprios, oriundas de experiências de vida, de suas famílias, carga genética e etc e isso faz de cada um diferente do outro. No entanto, todos são capazes de crescer muito com as práticas pedagógicas, com a relação com outros alunos, professores e funcionários. Assim, a escola deve organizar projetos variados, respeitar a individualidade, mas promover o debate, a interação de modo a preparar cada aluno para a sociedade democrática.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

8: Contradições de valores na escola: entrelaçados da história com a história da educação e da educação especial.

Muitos dos preconceitos que existem hoje, não resistiriam a uma reflexão com a mais elementar lógica porque os avanços da medicina, da ciência desmistificaram muitos mitos antigos. 

No entanto, não é assim que funciona a mente humana, que no seu coletivo, formando o que conhecemos por senso comum, mistura concepções antigas que sobrevivem com as novas. A contradição é um dos caprichos de todas as sociedades. 

Assim, ao mesmo tempo que preconceitos e dificuldades para a inclusão sobrevivem no sistema educacional brasileiro, temos leis e esclarecimento suficiente disponível para evitar que tais mazelas permaneçam. Sobre este processo, considero pertinente o que diz Gramsci:

"Deve-se, portanto, explicar como ocorre este fato, a saber, que em cada época coexistiam muitos sistemas e correntes de filosofia; explicar como eles nascem, com se divulgam, porque na divulgação seguem certas linhas de separação e certas direções, etc. Isto demonstra o quanto é necessário sistematizar crítica e coerentemente, as próprias intuições do mundo e da vida, fixando com exatidão o que se deve entender por 'sistema', a fim de evitar compreendê-lo em um sentido pedantesco e professoral. Mas esta elaboração deve ser feita, e somente pode ser feita, no quadro da história da filosofia, que mostra qual foi a elaboração que o pensamento sofreu no curso dos séculos e qual foi o esforço coletivo necessário para que existisse o nosso atual modo de pensar, que resume e compendia toda esta história passada, mesmo em seus erros e em suas loucuras, os quais, ademais, não obstante terem sido cometidos no passado e terem sido corrigidos, podem ainda se reproduzir no presente e exigir novamente a sua correção."¹

¹ GRAMSCI, Antonio. Concepção Dialética da História. 3° Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

7: Crianças e jovens com necessidades especiais na escola – dialética da inclusão / exclusão.

A ideia de "estar preparado" ou não para trabalhar com alunos com necessidades especiais remoem na mente de professores, coordenadores e gestores de todos os tipos de escola.

A inclusão implica em desafios que para o professor e toda equipe porque cada caso é único e a prática é mais complexa do que qualquer aprendizado teórico. Exige atitude e decisões tomadas rapidamente.

Uma questão difícil é a do aprendizado. Muitas vezes considera-se um fracasso quando o aluno com necessidades especiais não tem um desempenho no mesmo nível ou próximo aos outros. No entanto, este não é o motivo principal para a inclusão. Trata-se de um processo voltado para todos e não só para o aluno especial.

A forma com que os outros alunos, seus pais, professores, gestores aprendem a conviver e a respeitar alguém com certas necessidades é tão importante quanto o fato do aluno se sentir integrado socialmente. 

6: O professor e a diversidade cultural na sala de aula

O esclarecimento é uma das maiores armas para desmanchar qualquer tipo de preconceito. O medo, a especulação causam a ideia conservadora de não aceitar a diversidade e de buscar tipos ideais de cultura e costumes.

Assim, a educação deve, com cuidado, apresentar a diversidade cultural. Disciplinas como história, geografia e artes tem papel obvio para demonstrar cientificamente uma variedade de povos. Assim como literatura, sociologia, filosofia podem abrir espaço para que os alunos conheçam a forma de pensar em diferentes culturas.

No entanto, é preciso que este projeto seja muito bem pensado para evitar que tais sociedades sejam estudadas de maneira estereotipada. Isto acontece quando se estuda um povo sem levar em conta que suas relações também são dinâmicas e mutáveis, sem entender que em toda cultura existem exceções e sem entender que em cada povo coexistem muitas culturas.

5: O papel do professor na mediação cultural

A arte, quando inserida em uma pedagogia de projetos pode promover a auto-estima do aluno. A partir do instante em que a concepção artística tem relação com a realidade dos estudantes de determinada escola, ela passa a valorizar o contexto, dando-lhe cores, poética e olhares abstratos.

Deste modo, por meio do projeto escolar, os alunos poderão criar a arte tendo a realidade como base para reflexão e a liberdade para desenvolver estilos, levando em conta na avaliação do projeto a interação entre os alunos e o diálogo entre eles que involuntariamente  conduz à reflexão.

Assim, a arte se torna uma disciplina dinâmica e um meio para participação e integração social.

terça-feira, 5 de junho de 2012

2: A ação educativa ao longo da trajetória escolar

Ao longo da educação básica, o professor tem um papel de facilitador, de guia para a criança e o adolescente, que deve desenvolver suas habilidades, mas também conscientizar acerca das regras escolares.

Com efeito, este papel é dinâmico e deve sempre ter reflexões de acordo com o desempenho e a percepção da criança sobre a escola. Assim, a escola, a forma de agir do professor e as regras escolares devem aceitar se transformar com o passar das gerações, porque o mundo muda, a sociedade ganha novos valores.

Estes conceitos soam difíceis para professores mais antigos, que costumam enxergar mudanças sempre pelo lado negativo, quando notam que seus valores não estão mais em voga, no entanto, a estes só cabe a reciclagem ou a aposentadoria, porque se não podem mais acompanhar o dinamismo do mundo, devem encerrar seu ciclo e descansar.

4: Ética e Saúde na escola

Nas duas últimas décadas, a inclusão e a diversidade passaram para a agenda dos governos democráticos, de modo que o sistema educacional teve que se adaptar e criar estratégias para incluir alunos com necessidades especiais.

No entanto, cabe especificar que alunos são esses, tomar critérios objetivos para definir quem é aluno, vulgarmente conhecido como "aluno de inclusão". São fatores que determinam isso:

* Deficiência auditiva;
* Deficiência visual;
* Déficit intelectual;
* Deficiência física;
* Deficiência múltipla.

Estas necessidades especiais são definidas por um laudo técnico.

3: Ética e valores na ação educativa

As grandes revoluções educacionais do passado levaram a educação formal a uma parcela cada vez maior da população, até que  esta foi universalizada. A partir daí, os desafios são outros, e o aperfeiçoamento do processo educativo está, por exemplo, em inserir aqueles que são portadores de necessidades especiais.

Observação: Absurdamente desnecessário uma aula no módulo IV retomando assuntos exaustivamente repetidos dos módulos anteriores sem trazer praticamente nada de novo, sinto que perdi tempo vendo mais do mesmo e por esse motivo, minha análise desta aula terá apenas um parágrafo.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

1: Papel do professor: instruir ou educar?

Esta questão restringe o verdadeiro poder da escola. Ao escolher apenas ou outro, está se limitando o que realmente a escola poderia realizar pelo aluno.

Eis que ao optar pela simples instrução, as aulas se tornariam uma série de conteúdos destacados da realidade, com resoluções que dependem apenas do estudo dos textos e da atenção ao que foi dito pelo professor em classe.

No entanto, ao se eleger o ato de educar, a escola teria a força de uma grande espada sem lâmina, que, com uma impressionante beleza externa, não consegue atingir e nem transformar nada. Seria ineficiente porque sem a sabedoria descortinada pela instrução, os alunos não conseguiriam formar consciência que lhes permitisse compreender a importância da educação.

O aprendizado na escola não deve ser uma série de casuísmos. As diferentes aulas devem permitir ao aluno relacionar os conteúdos com aspectos de sua vida, reforçar seu raciocínio e desenvolver sua mentalidade. Os projetos da escola devem ser desafiadores, exigindo que o aluno se instrua, mas ter sentido prático, de modo que o êxito viria quando o aluno tivesse instrução dirigida para educação.