terça-feira, 22 de novembro de 2011

10: Democracia e Educação em Direitos Humanos

A educação é um direito fundamental para que os demais direitos humanos sejam colocados em prática. Esta frase é o ponto central da aula.

A partir daí, podemos compreender que por meio da educação conseguimos manter uma sociedade democrática e respeitadora dos direitos humanos. Só que a democracia não pode ser resumida no ato de votar, ela deve ser exercida no cotidiano e para isso, é preciso que ela seja levada para dentro da escola.

É preciso formar sujeitos na escola que conheçam seus direitos e que saibam respeitar os direitos dos outros. Esta prática é sintetizada na aula pelo termo EDH. 

Com a falta de EDH, de uma educação que promova estes valores democráticos, no Brasil sofremos com o fato de que temos muitas vezes boas leis, mas que não correspondem à prática, justamente porque os cidadãos não conhecem seus direitos e não desenvolveram seu potencial crítico. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

9: Educação comunitária e direitos humanos

Esta aula defende que a escola se torne menos fechada e menos elitista. É preciso aprender na cidade, com a cidade e sobre a cidade. Mesmo o entorno da escola permite conhecer muitas coisas da realidade e assim desenvolver algum projeto que forme uma consciência crítica e de transformação social.

Este conceito é baseado na ideia de Paulo Freire, para quem a escola não pode ser hermeticamente fechada e sem ligação com a população e com o mundo. A escola deve se reconhecer como parte da realidade e como parte da transformação da sociedade.

É necessário que o professor tenha uma formação crítica, pois nem tudo o que se aprende com a cidade forma valores democráticos. Então, cabe ao professor coordenar esse processo de aprendizado, não permitindo que tome um viés pró-autoritarismo ou mesmo assistencialista.

12: Retardo mental. Autismo

Com esta aula, percebemos que nem todos os diagnósticos de retardamento mental são iguais. Eles se dividem em graus. 

Aqueles com retardo mental leve, com algum apoio na escola, conseguem se desenvolver em sua formação e até mesmo se integrar ao mercado de trabalho e podem formar uma família. Estes possuem uma boa autonomia, conseguem manter a higiene sozinhos.

Com um retardo mental moderado, ele precisará de um apoio maior, mas conseguirá se integrar, arrumar um emprego, mas contará com estímulos favoráveis para se desenvolver.

Com o retardo mental mais grave, ele será dependente de professores, pais e familiares preparados para acolher, para tratá-lo com carinho, com estímulos favoráveis e com a consciência da família de que ele não terá autonomia para se integrar e desenvolver sozinhos.

Quanto ao autismo propriamente dito, é possível perceber a criança desde a mais tenra idade pela grande indiferença aos adultos, à voz humana, ao afeto e o interesse em atividades repetitivas, movimentos repetidos. Tem dificuldade para mudar de rotina.

Na escola, costuma se isolar e não tem motivação para brincar com as outras crianças ou se envolver em jogos sociais. Resistem a coisas novas com agressividade. 

O professor deve tratar de forma individualizada com essa criança procurando integrá-la na sala de aula ou na rotina escolar.

Minha crítica a essa aula é que diagnosticou muito bem o retardo mental e o autismo, mas não entrou de forma mais profunda sobre como lidar com essas crianças. Claro que não se esperava algo como uma receita de bolo, mas seria interessante ao menos a proposta de uma linha de ação, como ponto de partida para um debate maior. Quem trabalha em escola já conhece o autismo e os diferentes graus do retardamento, então a aula pouco trouxe de novidade, muito embora a explanação tenha sido muito bem feita e com muita clareza.

11 : Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

Esta aula fornece importantes conselhos para lidar com um dos mais frequentes problemas em sala de aula, os alunos com déficit de atenção e hiperativos.

Em primeiro lugar, não cabe ao professor fazer o diagnóstico, já que não é sua área de formação, mas, uma vez que haja indícios deste transtorno, convém contactar a equipe escolar para que o aluno seja encaminhado para um profissional que possa identificar com precisão o que se passa com o jovem.

Quanto ao trabalho docente, o professor deve tomar algumas atitudes que ajudam a tratar pedagogicamente da situação, como por exemplo:

- Fazer o aluno se sentir útil. Facilmente entediável, o aluno vai se desinteressar de contextos onde ele não esteja integrado e onde tenha apenas participação passiva. É interessante dar tarefas, nem que seja apagar a lousa, buscar algo, anotar algo importante para colocar no mural da classe e etc. Pode parecer pouco, mas esse tipo de atitude realmente faz o aluno se sentir necessário.

- Elogiar boas ações e bom desempenho. Este tipo de aluno normalmente se destaca por aspectos negativos ou por más ações e se isso for sempre ressaltado pelos docentes, vai se tornar um circulo vicioso. Então é interessante demonstrar ao próprio aluno que ele também pode ser um exemplo positivo.

- Ajudar o aluno a se planejar e organizar. Monte um calendário de tarefas e atividades com o aluno em sua agenda e vá acompanhando para que ele o siga. Ao ter um cronograma claro do que fazer, o jovem terá mais chances de ganhar alguma estabilidade em seu rendimento.

Em uma estratégia de projetos, para que este aluno funcionar bem, estas três ideias acima devem ser aplicadas e o resultado pode ser muito bom, já que costumam ser alunos muito dinâmicos, que se potencializam em pedagogias ativas.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

8: Distúrbios alimentares (Anorexia e bulimia, obesidade)

Nesta aula, tomam vez os distúrbios alimentares e como eles devem ser encarados na escola. Estes problemas devem ser observados pelos professores de modo a identificar rapidamente alunos que sofrem com eles e tomar providências enquanto for tempo. 

Para facilitar, podemos dividir em dois grupos:

Anorexia e Bulimia. Podem ter causas neurológicas, psicológicas, estarem vinculadas com a ideia obsessiva da sociedade de culto à magreza ou surgirem quando da fase de transformações no corpo da criança durante a puberdade. 

Ambos são distúrbios que desregulam a alimentação do jovem, fazendo-o tomar métodos inadequados para emagrecer e formando nele a ideia constante de insatisfação com o corpo. 

A resolução dessas doenças são complicadas porque normalmente os jovens não cooperam, eles se mantém insatisfeitos com seu corpo e consideram suas "dietas" mais importantes que o tratamento. Não pensam que ao se alimentarem bem estarão se ajudando, mas sim se engordando. Assim, será necessário um acompanhamento com terapeutas, pediatras e até nutricionistas.

Obesidade. Pode ter causar genéticas, de maus hábitos alimentares, mas também fatores psicológicos, ou também o modo de vida extremamente sedentário. Normalmente os hábitos são obtidos na vivência com os pais e para que haja uma resolução de fato, é necessário que a família se reeduque. 

De forma alguma o problema da obesidade deve ser visto como uma busca pela magreza cultuada pela moda. A abordagem deve ser visando a saúde do indivíduo. Não é necessário se tornar um  modelo, mas obter costumes saudáveis na alimentação e no modo de vida. Quando o problema for de ordem psicológica, o tratamento especializado pode encontrar as causas e ajudar a criança a encontrar o caminho de sua mudança de atitude.

6: Educação comunitária e questões de gênero na escola

Esta aula retoma um assunto abordado superficialmente no módulo anterior, que é a temática de gênero.

A educação tem o papel de resolver os problemas da noção de igualdade de direitos entre o homem e a mulher. Muitos educadores acreditam que a escola não tem como trazer esse assunto para dentro do currículo por pensarem que é algo que não é um problema na escola. No entanto, basta conversar com a comunidade, com os alunos e etc, percebe-se que a desigualdade entre os gêneros é vista como natural.

A aula mostra um caso em que o entrevistado responde que pensa que é normal que a mulher mantenha a casa arrumada e não contrarie o seu companheiro para evitar o conflito com ele. Da mesma forma, muitos responderam que convivem com a violência entre gêneros, em especial do homem contra a mulher.

O trabalho com essa temática na escola, por meio de reuniões que envolvem a comunidade, trazendo como tema transversal desconstrói esses mitos e ajudam a formar a ideia de que os problemas entre gêneros se resolvem com o diálogo e partindo da premissa da igualdade de direito.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

7: Crescimento e desenvolvimento ponderal e hábitos alimentares

Esta aula trata das modificações no corpo da criança até a puberdade. O assunto é mais do interesse de quem trabalha com educação infantil ou quem se aprofunda em assuntos biológicos, mas é possível observar por um prisma interessante para aqueles mais versados nas ciências humanas.

As transformações físicas no indivíduo da infância até a adolescência influenciam em seu comportamento, com destaque especial para a puberdade, que se acentua no Ensino Fundamental II, em que se desenvolvem os órgãos sexuais e a virilidade no corpo masculino. Estes aspectos devem ser observados pela equipe docente que devem orientar o aluno sempre que preciso porque é uma fase de incertezas e descobertas.

A escola não deve ficar ausente de auxiliar os alunos a entenderem as mudanças que seu corpo passa e deve estar atenta ao seu comportamento, para que ele não desenvolva uma atitude agressiva.

5: Protagonismo juvenil e participação escolar

A aula segue o discurso do módulo anterior, em que com atividades baseadas em problemas e com metodologias ativas é possível promover o protagonismo do aluno na escola.

Alguns procedimentos são importantes para que essa estratégia funcione. A partir do grande tema trazido pela equipe docente, o aluno é quem deve construir a problematização relacionando com coisas que façam sentido na vida dele. O currículo de formação do aluno será ligado com os problemas da sua realidade, pensando na construção da sua cidadania.

O Professor Ulisses demonstra uma pesquisa feita com perguntas para um grupo de alunos que trabalhou com essa estratégia de projetos e com um grupo de alunos que seguiu com a pedagogia tradicional e percebeu que aqueles que são levados a desenvolver o senso de cidadania na prática, com metodologias ativas, possuem respostas muito mais conscientes do ponto de vista da convivência democrática, dos valores de solidariedade e justiça social.

O ponto fundamental desta aula e que é um desafio para as escolas do Brasil é fomentar uma pedagogia em que os professores tenham a ousadia de sair da sala de aula, que as equipes diretoras das escolas tenham a coragem de permitir instâncias de alunos, como grêmios e associações onde eles possam manifestar sua opinião e serem protagonistas da sua própria formação cidadã e crítica.

Valores não se aprendem com discurso, mas com vivência. Cidadania não é teórica, mas atitude. A participação do jovem como protagonista é um caminho difícil, o aluno é imaturo, por vezes inconsequente, mas tolher sua participação enquanto adolescente é criar um adulto acomodado, acostumado a não ser levado em consideração e acostumado a pensar que política é apenas um jogo de poucos, inacessível.

4: Saúde do professor

Esta aula trata de doenças que podem atingir professores que estão em condições de trabalho desfavoráveis.

Uma parte da classe docente no Brasil, em especial nas escolas públicas, estão sujeitos à estresse, problemas na voz, depressão e uma excessiva irritabilidade que pode trazer doenças e sentimentos ruins de insatisfação com a vida.

A aula defende que estes professores devem procurar conversar com seus pares para buscar soluções, já que assim o professor não se sentirá sozinho. Deve também buscar ajuda clinica preventiva, aprender a usar a voz sem forçar e ainda manter-se psicologicamente harmonioso.

Considero que esta aula é apenas um paliativo. Aqueles que pegam uma carga horária excessiva na rede pública, em escolas mal organizadas e classes cheias não terão como realizar um bom trabalho sem que o governo trabalhe seriamente em mudar essa conjuntura. É claro que muitos sofrerão problemas de saúde, enquanto que muitos outros buscarão escolas com ambiente mais agradável para trabalhar.

3: Introdução: saúde na escola

O Professor Li Li Min realiza uma aula introdutória onde aponta diversos exemplos que fundamentam um mesmo argumento: que a educação tem influência na saúde e na qualidade de vida.

Muitos estudos demonstram que quanto maior o nível de educação, mais aumenta a expectativa de vida. Isto está relacionado não somente com a prevenção de doenças, mas como também com a diminuição da violência, com uma sociedade cada vez mais civilizada.

Entre os assuntos que o Professor aborda como exemplos de como a saúde pode ser trabalhada na escola estão o caso das drogas, das DST's, da educação sexual, da depressão infantil, dos efeitos do bullying, entre outros. Trabalhar temas transversais visando a saúde do indivíduo é uma necessidade pois só se pode obter uma  sociedade democrática se ela for sã e saudável.

É bom ressaltar que o Professor não aprofunda nenhum assunto, mas apenas sinaliza que serão tratados de forma separada nas próximas aulas.

2 - Fórum escolar de Ética e de Cidadania

A aula defende a existência de um fórum que reúna representantes das camadas escolares e da comunidade, desde comerciantes, até membros de ongs ou de igrejas locais, todos aqueles que estiverem interessados nos problemas da região.

A escola então pode articular com as instituições e líderes da comunidade a busca de soluções para os problemas locais, por meio da estratégia de projetos.

É uma proposta avançada de ligar a pedagogia baseada em projetos de fato com as questões do entorno escolar, tornando a escola útil para a comunidade e um espaço em que aprendizagem caminha junto com ação e com a prática da cidadania.

Por outro lado, ao colocar a comunidade como protagonista da busca de soluções para os problemas locais, a escola por meio deste fórum estará promovendo os valores democráticos, como a preocupação política de cuidar do local onde se vive e conviver democraticamente com as pessoas próximas.

1 - A escola e as relações com a Comunidade

Nesta aula, o Professor Ulisses coloca o problema da ligação da escola com a comunidade. Muitas vezes o currículo escolar fica preso dentro dos quatro muros e não se integra com o entorno, com o bairro e mesmo com as famílias dos alunos.

A aula defende que o currículo deve incorporar recursos da cidade, em especial das proximidades como espaço e objeto para a aprendizagem. Mesmo com uma volta no quarteirão da escola é possível identificar diversas sutilezas no cenário que podem levar a uma reflexão que se relaciona com as disciplinas tradicionais. 

Considerando a estratégia da pedagogia de projetos, ao levar os alunos para caminhar no entorno, podemos também abrir espaço para que, ao se deparar com as situações vistas na rua, ao ar livre, os alunos podem levantar questões que podem ser pesquisadas do ponto de vista dos temas transversais e dar origem a um projeto.